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Filmes estragados

Depois das Fundações, isto hoje foi um rol de «spins» surrealistas desencadeados depois da sobremesa e do telejornal. Parece-me estatisticamente impossível tantos tiros em tantos pés ao mesmo tempo (nem de G3).  Começou com novo imposto sobre o tabaco para substituir a TSU. A Ministra da Justiça lançou uma frase ilegal e revanchista sobre o fim das impunidades e lá iam prendendo dois PSs. Do ministério da saúde saiu a ideia de que se pode matar as pessoas e deixá-las apodrecer para poupar uns trocos. Sobre o ensino, insinuou-se que os professores universitários iriam ser aumentados contra todas as expectativas (mais as minhas – era apenas o pagamento de um processo judicial que Crato perdeu). Lançaram uns palpites sobre a venda da CGD a um valor quase ao nível do metro quadrado em Lisboa. Passos Coelho chama-nos burros, ameaça com muito mais do mesmo no IRS, não gosta que lhe assobiem, e está aborrecido por nos portarmos mal e andarmos a envergonhá-lo diante dos Europeus. Não viu o Senhor Europeu de Óculos Vermelhos a dizer que afinal a malta (cá o povo) até tinha razão e que eles é que se enganaram (desculpem lá pá, foi um bocado azar).  Parece-me que estou a assistir ao Leão de São Caetano mal dobrado, e que o governo ficou assim todo todinho analógico num mundo digital, ou 3D e sem óculos. Ainda estou zonza.

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