Às 14:00 horas de 21 de Março de 2016 – Obama e um Castro em Cuba a apertar as mãos diante dos media e do mundo. Dizem ambos que o encontro é histórico – não precisavam. Pelas entrelinhas e ausências dá para perceber a oposição que ambos estão a enfrentar (apesar da bênção do Papa Francisco). A maior de todas, a conversa sobre os direitos humanos em Cuba – ali mesmo na outra ponta de Guantanamo, e depois de Reagan ter ido à China. A segunda mais diplomática e aventada por Donald Trump, de Obama não ter tido ninguém a recebê-lo aquando da chegada – apesar da autorização de aterragem dada ao Air-Force one.
Um prazer para as almas ver dois grandes senhores, dois grandes estadistas – daqueles que já não se encontravam sem ser nos livros antigos de História – a resolverem os problemas das pessoas com algum humor e cheios de mensagens subliminares, como a de Raul Castro a defender (o Obamacare) que o direito à saúde não deveria ser politizado.
Uma mudança na história do mundo, na mitologia e folclore de esquerdas – imagino o que diria o querido comandante Che Guevara, provavelmente gostaria de lá ter estado. Ficamos todos mais crescidos.