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O despacho de 8 de Abril

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Se houvesse suspeitas de que este era um governo pouco democrático, a faceta salazarenta do despacho de Gaspar tirar-nos-ia as dúvidas. Há muitas diferenças. Em 31 de Julho de 1928 Salazar apresenta o primeiro orçamento 1928-29, realista, para tentar endireitar as finanças. E conseguiu. Vítor Gaspar há dois anos que não acerta um. Nunca votei em Salazar, mas também não votei em Vítor Gaspar, nem no programa da Troika corrigido e aumentado. Está a descobrir-se que não deveríamos ter entrado no Euro – na altura, foi José Sócrates quem se ‘esqueceu’ de fazer o referendo – estaria com medo, ou saberia pelas sondagens, que o resultado iria ser negativo, e decerto quis ficar bem na fotografia em Bruxelas. Não acreditou no bom-senso do povo – na democracia. Entrámos no Euro, e pusémo-nos a ‘gastar à parva’ dinheiro que não tínhamos – mas como não andámos a roubar, alguém nos deu acesso a ele. Agora estamos todos a ser tratados como ‘putos’ malcriados, que esbanjaram mais do que deviam – e o papá Vítor vem cortar a mesada. Instala-se assim uma ditadura financeira, a 8 de Abril de 2013.
Vítor Gaspar – como Passos Coelho e José Sócrates – não gostam de Portugal, nem dos portugueses. E trazem uma utopia qualquer dentro da cabeça, que querem instalar à força aqui no rectângulo. E, se acreditasse em teorias da conspiração, poderia pensar que este processo todo, desencadeado pela putativa decisão do Tribunal Constitucional, foi orquestrado (com conivência do Presidente da Républica) e calendarizado para a sétima avaliação para nos entalar de vez, para nos obrigar, enfim!, a ‘ser bem comportados’, por muitos anos.

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